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segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Bimundano


Sem você não consigo entrar no meu mundo, você é a porta de entrada e é unicamente a de saída, em que consigo ser outra pessoa, totalmente adversa da realidade. Na verdade nunca queria ter saído daquele mundo, agora vivo perambulando por lá e por aqui, nunca decido (nunca consigo decidir) onde é meu lugar de verdade. Será que é melhor trocar um mundo colorido e artificial por um mundo sombrio, porém natural? Quero saber é do meu futuro, da onde eu vim e para onde estou indo, estou preso e quero sair por aí. Aqui é tudo monótono, sem cor, sou um mero átomo de hidrogênio em um oceano. Não tenho guelras para respirar por aqui, porém não tenho pernas para andar lá. Faz tempo que estou assim, esbranquiçado, pálido. O sol daqui não me bronzeia mais e a lua só me escurece na noite. Quero me despedir de mim mesmo, talvez criar um mundo paralelo entre os outros dois, será possível? Não... acho melhor não tentar, como todas as outras vezes. Não tentar é uma regra desse mundo, tentar é uma regra d’outro mundo. O meu coração está cheio de bolhas de ar que só estouram no lado de fora do meu corpo noutro mundo, nesse, elas somem e nunca aparecem. O amor, não importa qual, prefere aquele mundo que o acolhe com os braços abertos cheios de bolsas estufadas de carinho. Então deve ser por isso que ele nunca vive por aqui, por alguns segundos ele tenta respirar, porém é sufocado pela hipocrisia de nós mesmos e de outros. O que posso chamar de meu nesse mundo , tudo é real e eu sou artificial , não posso tocar em nada , pois eu sou um nada, um mero nada. Sendo assim quero virar um tudo, um tudo completo, e para eu tentar não posso ficar desse lado da rua, tenho que atravessá-la , antes que eu seja atropelado na calçada. As belas músicas são intermináveis lá , aqui são tão rápidas que não as consigo entender. Fazem isso comigo, visto que sou eu que estou aqui , tentando tentar , quebrar as regras mundanas desse mundo inóspito de felicidade. Onde o realismo domina e quebra todos os nossos sonhos como se fossem galhos árvore secos. Vou agora e quem sabe nunca mais voltar aqui, não esperem por mim , a menos que queiram mais um nada para somar com o seu tudo. Isso não é uma promessa, isso é o fato em pessoa, daqui alguns segundos irei viajar e tomara que consiga entrar.

Dessa vez estou e vou confiante, pois é você , você mesmo que está me chamando e então viajarei para um lugar onde eu nunca deveria ter saído.



Emanuel Fernandes
2 de agosto de 2009 d.C

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

O mesmo Flamengo, os mesmos problemas.

Olá pessoal, hoje dia 12 de agosto inicia no JW um novo estilo de texto e quem o trás é um jovem rapaz com um imenso talento em sua área, Felipe Azevedo. Ele é meu amigo e fará parte desse nosso mundo, mas afinal de contas o que ele escreve? Ele escreve sobre a maior paixão do brasileiro, o futebol! Pré-jornalista esportivo, está se lançando no mundo virtual para mostrar seu talento. Ele mora em Nova Iguaçu, tem 16 anos e sonha ser comentarista esportivo. E com certeza seus objetivos serão alcançados, com seu dom de saber futebol, impressiona qualquer um. Ele tem meu apoio total em qualquer de seus trabalhos e espero que essa seja uma das milhares de portas que abrirá. Obrigado Felipe e seja bem vindo ao JW.

Por enquanto colocarei aqui uma análise de um jogo antigo, porém de qualidade. Em breve teremos muitos outros artigos futebolísticos.

Abraço a todos,

Emanuel Fernandes.


O mesmo Flamengo, os mesmos problemas.


Depois do jogo de ontem entre Flamengo e Goiás, ficou clara para o torcedor rubro-negro a principal deficiência no time, a ligação entre meio-campo e ataque não possuí a mesma qualidade desde a saída de Ibson do time. Ontem Andrade ainda sem Emerson, decidiu colocar o estreante Dennis Marques, claramente sem ritmo de jogo, o atacante teve apenas uma única chance no primeiro tempo e não conseguiu dar movimentação ao ataque, além disso, não se entendeu muito bem com Adriano.
Sem movimentação ofensiva e sem qualidade na saída de bola, o Flamengo no primeiro tempo se resumia novamente a vontade de Adriano e a velocidade de Everton pela esquerda pouco útil. No começo do jogo até que a defesa ocupava bem os espaços, porém com um gol de bola parada o time goiano abriu o placar e ganhou moral no jogo, sem saída de bola o Flamengo era pressionado e num erro bisonho de arbitragem , o Goiás ampliou.
No intervalo, Andrade soube enxergar as deficiências do
time e resolveu colocar Petkovic, justamente para corrigir os erros na saída de bola e fazer com que o time fosse um pouco mais compacto sem dar chutões para frente favorecendo a defesa adversária, quem seria sacado, era uma questão de escolha, pois tanto Kléberson quanto Fierro não produziam absolutamente nada, a escolha foi Kléberson. O técnico Andrade ainda corrigiu a segunda deficiência, que era a falta de movimentação no ataque, para solucioná-la substituição mais do que óbvia, a saída de Dennis Marques para entrada de Bruno Paulo.

Era esperado que com as substituições o Flamengo ganhasse em qualidade na saída e bola e jogadas constantes pelos lados para que a defesa do Goiás fosse aberta, foi o que aconteceu, a jogada que começou com Bruno Paulo pela esquerda terminou com um pênalti sofrido e convertido por Adriano.

Com a desvantagem diminuída no placar, o Flamengo dominou o Goiás, facilitado pela vontade e a qualidade que Petkovic deu ao meio-campo. O gol de empate saiu depois de uma jogada individual do próprio Pet, concluindo com extrema perfeição, sem chance para Harlei. A equipe goiana sentiu o golpe e se desenhava uma virada rubro-negra, porém o Flamengo não conseguiu a façanha antes que Andrade fizesse uma substituição previsível,tirasse Fierro e colocasse Lennon,considerando o empate um bom resultado.

Até mesmo o comandante esmeraldino sentiu que poderia sofrer o terceiro gol,e trocou Fernando(volante) por Gomes(zagueiro).A partida caminhava para um empate, claro, muito mais favorável a equipe da Gávea, mas na sua última investida o Goiás conseguiu com Iarley.Do jogo de ontem posso tirar três conclusões:A soma de segundo tempo contra náutico e segundo tempo contra Goiás, mais o fato de o elenco não possuir um jogador com a sua qualidade,Petkovic será o titular do meio-campo.Segunda conclusão:a posição de Willians no esquema tático tem que ser de primeiro volante e não de um jogador que tenha a obrigação de chegar a frente.Terceira conclusão:Emerson é uma peça fundamental para o desenvolvimento e movimentação do ataque rubro-negro.


Felipe Azevedo

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Filho de uma reação.

Não quero viajar

Num barco em que a lua

Não se põe

E que o sol não queima


Não quero ficar

Numa terra de alegria

Num bosque de crianças perdidas

Numa vida inóspita


Não quero tentar

Numa veia de sangue verde

Num carro de asas

Numa flor com moscas


Não quero agir

Numa corrente de brisa

Num fogo frio

Numa televisão imaginária


Não quero fazer

Numa janela de barro

Num corpo sem carne

Num fio frágil


Não quero ouvir

Numa semente de luz

Num calor de calafrios

Numa correnteza de olhos


Não quero ser

Numa tampa de esgoto

Num rato de giz

Numa boca enigmática


Não quero dançar

Numa nuvem azul

Numa onda negra

Num disco de vidro


Não quero ser eu

Numa vida rala

Num caminho com volta

Numa noite sem estrela


Não quero ser um ponto final.

Emanuel Fernandes

26 de junho de 2009 d.C.


Olá !

Hoje estou sem inspiração, apesar de não ter motivos para isso. Esse poema foi feito num dia que conheçi um novo modo de escrever, obviamente esse modelo não foi de minha autoria ( até porque não tenho maturidade suficiente para produzir "modelos de escrita"), foi da banda Vanguart. Todas suas letras, ou melhor, a maioria é desse modo, normalmente sem sentido, sem nexo, e por isso ganha várias interpretações, cada uma delas de acordo com seu momento em que a lê. Sugiro que ouça sempre essa banda, é um ótimo ritmo e belíssimas canções.

Até mais, abraço a todos.

Emanuel Fernandes.


segunda-feira, 10 de agosto de 2009

De olhos fechados você não vê os ponteiros do relógio.

O tempo não é somente segundos que passam em sua vida, não são os ponteiros se movimentando. O tempo é muito mais do que isso. Ele muda, cria e recria tudo ao seu redor. Ele faz sua alegria durar pouco e faz sua infelicidade perdurar. Ele envelhece, ele mata, ele destrói. Ele faz você esquecer aquele lindo sonho da noite passada e faz com que seus piores pesadelos atormentem a todo instante. O tempo faz você esquecer o que fizeram de bom para você e faz lembrar-se do que fizeram de mal com você. O tempo faz você deixar de ser uma bela criança com muitos sonhos e faz de você um adolescente cabisbaixo. O tempo faz você esquecer pessoas que um dia jurou amor eterno e faz você lembrar do primeiro tombo, da primeira surra. O tempo leva os seus familiares, mas não leva o sabor da vingança. O tempo faz você perceber que o mundo não é tão bom assim.

O tempo te trouxe e ele vai te levar.

Mas se houvesse pelo menos algo que destrua esse tempo, se houvesse um meio de tirar as baterias do relógio ou até travá-lo. Mas por enquanto eu fecho os olhos e esqueço que ele existe.


Emanuel Fernandes.

25 de abril de 2009 d.C.


É pessoal , mais um dia , mais um texto. Esse texto eu escrevi num dia em que percebi que o tempo não era um amigo e sim um vilão em nossas vidas ( na maioria dos casos). Talvez é porque estou envelhecendo, não sou mais aquela criança que chorava quando perdia a borracha ou então aquela criança que sabia muito bem o que era o amor. Em contra partida podemos sempre fazer com que nós aproveitemos mais ele, tirando o máximo do seu suor ( tempo).

Outro dia , se tiver tempo, darei mais enfoque ao " tempo " , quem sabe ele não se torne algo melhor na escrita.

Até mais,
Emanuel Fernandes.

domingo, 9 de agosto de 2009

Existe amor eterno!

Não, não nos encontramos no mesmo lugar, pois eu apenas não posso ver seu rosto perto da minha orelha. Então imagine se a distancia desaparecesse, você poderia estar aqui. Já tentei em outras, mas eram somente mentiras na minha cabeça, tentei fulana, cliclana, a da esquina,mas nenhuma puderam me amar como você costumava fazer. Odeio estar tão longe onde não posso ir, onde voar é somente a única opção, na verdade eu nem vi você sair com suas malas, carregadas com meus sentimentos. Mas eu tenho duas pernas, dois braços e por isso poderia nadar todo oceano para sentir o que já senti. Ah se eu pudesse te ver, se eu pudesse te abraçar.Lembra daquela cena? Até hoje tento reconstruí-la na minha mente sombria, mas eu não posso me esquecer que um dia posso chegar onde você está. E não vai ser difícil. Tantos segredos queria contar, tantas coisas poderíamos tentar, tantas coisas poderíamos repetir, várias e várias vezes. Mas de primeira eu parecia estar bem, pois pensei que voltaria em um mês qualquer.

Então coração, não deixe de trazer ela de volta, com suas malas.

Emanuel Fernandes.

(adaptado de uma canção de Mallu Magalhães)

15 de abril de 2009 d.C


Bom pessoal, esse texto não é de minha autoria, porém é uma versão traduzida e adaptada a um momento da minha vida. Ao escutar essa música, percebi que ela se encaixava claramente em mim , por vários motivos, entre eles o sentimento de saudade que até hoje me atormenta às vezes. Algum dia contarei mais , sobre esses belos e vividos momentos.


Até mais!

Emanuel Fernandes

sábado, 8 de agosto de 2009

Prazer novo mundo!

Caro leitor,
O blog Jovens Escritores tem como objetivo divulgar obras literárias das mais diversas formas, tipos e estilos.
Por enquanto nossa equipe de autores se consiste em uma só pessoa: Emanuel Fernandes -
fundador do blog - , no entanto em breve novas pessoas farão parte dessa nova obra virtual.
Vários tipos textuais serão abordados aqui, não só de nossa autoria, mas também de velhos conhecidos, que por sua vez são nossos mestres.
E tomara que esse
blog não caia no poço e seja esquecido, pois eu particularmente, já virei "craque" nisso.
NÃO HAVERÁ MATERIAL PORNOGRÁFICO, desde já eu aviso.
Aos poucos vamos nos estruturando. Eu já tenho alguns textos que faltam poucos detalhes para serem concluídos e alguns amigos demonstraram interesse em participar, então logo "entupiremos" o jwriters de palavras.

Obrigado a todos.

E até mais.
Emanuel Fernandes