Num barco em que a lua
Não se põe
E que o sol não queima
Não quero ficar
Numa terra de alegria
Num bosque de crianças perdidas
Numa vida inóspita
Não quero tentar
Numa veia de sangue verde
Num carro de asas
Numa flor com moscas
Não quero agir
Numa corrente de brisa
Num fogo frio
Numa televisão imaginária
Não quero fazer
Numa janela de barro
Num corpo sem carne
Num fio frágil
Não quero ouvir
Numa semente de luz
Num calor de calafrios
Numa correnteza de olhos
Não quero ser
Numa tampa de esgoto
Num rato de giz
Numa boca enigmática
Não quero dançar
Numa nuvem azul
Numa onda negra
Num disco de vidro
Não quero ser eu
Numa vida rala
Num caminho com volta
Numa noite sem estrela
Não quero ser um ponto final.
Emanuel Fernandes
26 de junho de 2009 d.C.
Olá !
Hoje estou sem inspiração, apesar de não ter motivos para isso. Esse poema foi feito num dia que conheçi um novo modo de escrever, obviamente esse modelo não foi de minha autoria ( até porque não tenho maturidade suficiente para produzir "modelos de escrita"), foi da banda Vanguart. Todas suas letras, ou melhor, a maioria é desse modo, normalmente sem sentido, sem nexo, e por isso ganha várias interpretações, cada uma delas de acordo com seu momento em que a lê. Sugiro que ouça sempre essa banda, é um ótimo ritmo e belíssimas canções.
Até mais, abraço a todos.
Emanuel Fernandes.
Caraca...
ResponderExcluirPoema mto show... Detalhes ricos... expressividade... ficou muito bom mesmo... cara... criar "modelos de escrita" não exigem maturidade, exige prática e tempo... Depende do que fica confortável no seu estilo... A não ser que você esteja falando de modelos para outros escreverem, aí ainda nem é tanto maturidade é renome... fama, talvez, ou algo parecido.
Não gostei muito da letra... Concordo que um poema possua figuras de linguagem, sentidos escondidos mas... Assim já é demais... Embora se qualquer um se esforçar, possa fazer aflorar um sentido... O poema parece louco... A loucura poética consumiu o autor -.-'
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