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terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Noutro dia


É , um bom tempo sem estar por aqui. Muitas idéias surgiram, mas não saíram de idéias. Infelizmente. Porém, digamos, forçadamente, tive que materializar uma idéia. Fiz um vestibular no ultimo domingo e como proposta única de redação, tínhamos que continuar uma narrativa e eu nunca tinha feito uma antes, nem sabia regras e ‘padrões’ de uma narrativa. Mas não sei como consegui fazer e ainda melhor, findou num romance que no futuro, quem sabe, gere uma continuidade. Obrigado.

“Voltava do trabalho para o pequeno apartamento em que agora morava, comia alguma coisa e em seguida tinha de sair: não suportava a solidão.

Ficava horas vagando pela rua, mesmo sabendo do perigo que isso representava, e talvez por causa do perigo que isso representava: pouco lhe importava o risco de assalto, pelo menos representaria algo novo em sua vida monótona.

E aí veio o inverno, e as noites geladas, mas mesmo assim saía para suas caminhadas. Numa noite, a temperatura caiu de mais e ela, mal abrigada começou a tremer de frio [...]

Debaixo de uma loja de roupas, a chuva que começara cair, a alcançava com pingos gelados e tortuosos, deixando o frio mais intenso e castigador. Com um olhar triste e solitário, via carros passando pela rua, ‘recheados’ de pessoas felizes, esbanjando sorrisos, certamente seriam famílias voltando de alguma comemoração, pensava ela.

Porém, ela adormeceu, mesmo a beira de tais condições. Noutro dia, ela acorda, com ‘catuques’ de uma pessoa, que parecia muito preocupada, e digamos ,‘meio’ desesperada vendo o estado em que se encontrava.

Essa pessoa era um homem, que por sua vez, também solitário, a olhava todos os dias chegar do trabalho, logo em seguida sair e mais tarde voltar, mas naquela noite, ela não voltara, e por isso a foi procurar, passando toda madrugada procurando, só a encontrou ao amanhecer.

Depois disso, ao se levantar, ele deu seu palitó para ela se aquecer e lançou o abraço mais forte da sua vida e ela quieta, somente chorou.

E nem passou por sua cabeça, que essas lágrimas dariam origem a um amor que acabaria com toda solidão e que duraria até o fim de suas vidas.”

Parte em itálico: VESTIBULAR CEDERJ.

Restante: Emanuel Fernandes.

4 de Dezembro de 2010 d.C.

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